segunda-feira, 2 de abril de 2007

Falta de saneamento básico agrava vidas em todo o mundo

Cenário: Favela da índia, pessoas pegam água de tubulações vazando para que possam utilizar em sua sobrevivência. Quando essa possibilidade acaba sendo descartável, é necessário que se compre água de vendedores gastando assim 20% dos salários de famílias que já sofrem pela falta de condições financeiras, para que possam assim matar a sede, cozinhar, fazer a higiene básica diária, enfim, sobreviver.

As informações acima, na qual acompanhei no programa de televisão da Rede Globo chamado “Fantástico”, apresenta uma personagem dessa realidade local, uma criança que descreve como vive naquele lugar. Cenas de crianças brincando em águas sujas e pessoas de todas as idades tomando banho, realizando suas higiene naquele tipo de água também aparece nas cenas da reportagem.
Toda essa falta de infra-estrutura tem por conseqüência um maior custo, maior do que seria se aquela população obtivesse de maneira correta a água, assim como as famílias ricas que obtêm duas tubulações corretas de água em suas casas.
O que acontece é que, essas pessoas de baixa renda acabam recorrendo a vendedores de galões de água, que além de ter um custo muitas vezes não é um meio alcançado por toda população, já que nos postos não há distribuição necessária aos pobres.
A situação acaba por ocorrer com 1 a cada habitante da região.
Aqui no Brasil, no Recife mais especificadamente em Ilha de Deus os problemas que a população enfrenta para se obter água não é menos dificultoso.
O local simplesmente não contém água para população, e o pouco que chega vem misturada ao mangue, ou seja, impróprio para o uso humano.
A água tem de ser buscada em lugares que nem sempre ela é encontrada, a água da chuva também é utilizada, e a maior curiosidade do local é que, apesar da Ilha ser cercada de água ela se torna totalmente imprópria, todo esgotos é derrubado nessas águas.
Há locais melhores na Ilha, onde a água acaba por chegar, mas, toda água encanada que chega se mistura com a água podre.
Estudos realizados em Belo Horizonte dizem que as conseqüência da falta de saneamento básico nas águas vem afetando 80% dos casos de diarréias e 40% dos casos de desnutrição crônica.
Todas essas informações, tanto a da índia como aqui no Brasil são absurdas, a falta de água de qualidade para o uso básico da humanidade vem sendo gigantesco, e vêm acontecendo em diversas partes do mundo.
O custo desse descaso com a vida humana aumenta porque inúmeras doenças acabam surgindo, e milhares de águas continuam a ser poluídas e não tratadas.
A natureza vem respondendo aos abusos cometidos pelo homem que usufruem toda obra natural e nada fazem para preservá-las ou valorizá-las, acabando por chegar a ser um ato desumano com aqueles que não conseguem obter nem ao menos o mínimo.
Inúmeras obras, projetos, Ongs, instituições são criadas, mas muitas só ficam no papel ou em algumas pequenas tentativas.
Poluidores parecem não pensar no futuro, parecem não sentir sede a ponto de serem eleitos pelo povo e não moverem nada para que isso pare de acontecer, simplesmente não enxergam o ataque da natureza contra a humanidade, ou simplesmente não se importam por não serem afetadas diretamente, ou por pensarem que não são ou serão afetados.
O aquecimento global é o tema em pauta do momento, temas e ameaças de supostas catástrofes estão por toda parte, a riscos por toda à parte, o que vai nos acontecer?
Tudo sempre vem sido resolvido na última hora, quando alertas sobre esses ataques naturais acontecem, é que a mobilização e a educação ambiental começa a ser reforçada, seria o fim de inúmeras belezas naturais, de inúmeras vidas e de cidades em que hoje se tem uma qualidade muito melhor daquelas onde vivem indianos e brasileiros do nosso nordeste.
Até quando pessoas morreram de sede, até quando iremos somente assistir o desrespeito e o descaso com a natureza, até quando só nos mobilizaremos após uma catástrofe?
Essas são cenas difíceis de se conseguir solucionar com rapidez, mas estão nas mãos daqueles que se elegem para desempenhar um papel benéfico na sociedade e ajudar nesta luta.
Obviamente que é impossível você conseguir mudar estatísticas e quadros tão baixos dessa escassez de saneamento básico de uma hora pra outra, mas não se vê atitude em revistas e jornais, não se vê grandes reportagens diariamente onde pequenas atitudes começam a mudar essa situação, tudo que se vê é violência, destruição, corrupção e os resultados que não se modificam para um final benéfico.
O que será do planeta sem a natureza?
O que será da vida sem o planeta água?
Essas são cenas assistidas em um domingo pela televisão, quais eu não desejo nunca um dia como oficialmente jornalista reportar.

Postagem baseada:
- reportagem aprensetada no Programa Fantástico da Rede Globo no domingo dia 01/04/2007
-reportagem publicada na revista época nº463 de abril/2007

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